Minivan ‘nacional’ apela ao conceito off-road para aumentar vendas no país.
Modelo tem mais requinte do que rivais, mas falta câmbio automático.
Citroën AirCross (Foto: Divulgação)
Aumentar em 35% as vendas no Brasil com o lançamento de um único veículo pode parecer uma meta ousada, mas a Citroën apontou sua mira para o alvo certo: o segmento de modelos com apelo off-road. A receita, lançada em 1999 pela Fiat na perua Palio, que foi desenvolvida especialmente para o mercado nacional, deu certo (o modelo representa 60% do mix de vendas) e foi ‘copiada’ ao longo desses mais de 10 anos por outras fabricantes instaladas no país, como Volkswagen, Ford, Renault e Peugeot.Comente esta notícia
Para não correr riscos – o investimento do Aircross exigiu 180 mil euros - a fabricante fez bem a lição de casa. Pegou a fórmula pronta da minivan C3 europeia, desenvolveu o design aventureiro com base nos modelos de sucesso por aqui e juntou tudo sobre a plataforma do hatch C3, o que permitiu a fabricação da nova minivan no Brasil e, consequentemente, um preço competitivo. A partir de setembro, a novidade estará disponível nas lojas em três versões, que partem de R$ 53.900 e chegam a R$ 61.900, no modelo topo de linha (Exclusive, que o G1 avaliou).
Os valores são muito próximos ao dos principais concorrentes. O Fiat Idea Adventure, por exemplo, parte de R$ 56.900 e o Ford EcoSport, de R$ 53.070. O preço também é competitivo em relação aos hatches ‘fora-de-estrada’ VW CrossFox e Renault Sandero Stepway, que partem de R$ 48.930 e R$ 45.690 mil, respectivamente.
Como os rivais, o Aircross sai de fábrica, desde a versão ‘básica’, bem equipado. Estão inseridos no pacote de série ar-condicionado, computador de bordo, vidros dianteiros e retrovisores elétricos, direção elétrica e para-choque na cor do veículo.
O G1 experimentou no Rio a versão Exclusive, que traz rodas de liga leve, inclinômetro, vidros traseiros elétricos, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista, ar-condicionado digital, bancos e volante em couro, airbag duplo, sistema de freios ABS com EBD e piloto automático. Além da lista recheada, o modelo se destaca pelo requinte da cabine, visivelmente superior às dos concorrentes nacionais. O volante, em formato esportivo, tem partes cromadas, assim como as saídas de ar. As costuras dos assentos são bem feitas e o acabamento interno é composto por peças emborrachadas, várias texturas e pintura verniz.
Citroen AirCross 3 (Foto: Milene Rios/G1)
Outro ponto alto é a boa posição para dirigir, uma característica das minivans que no Aircross é reforçada pelo para-brisa dianteiro dividido em três partes, o que aumenta consideravelmente a área envidraçada. A visibilidade é facilitada também pela regulagem de altura do banco e ajuste de altura e profundidade do volante. Para horas de estrada ou trânsito, motorista e passageiro contam com apoio de braço.A direção elétrica, a suspensão e câmbio, assim como no hatch C3, privilegiam o conforto e são um pouco ‘molengas’. No caso do câmbio, somente manual, as mudanças de tão suaves são, às vezes, imprecisas. A fabricante está trabalhando agora na transmissão automática, opção que será oferecida no mercado somente no ano que vem. Questionada sobre a estratégia, a marca francesa defendeu que o público alvo do modelo opta geralmente pelas trocas manuais.
O motor é o 1.6 Flex - que já equipa os outros modelos da Citroën no Brasil - de 113 cavalos de potência e torque de 15,8 kgfm com álcool. O fôlego é suficiente para o carro que tem 200 kg a mais que o hatch da família. Por falar em família, o Aircross leva com conforto apenas dois adultos e uma criança na fileira de trás. Apesar do espaço razoável, os ocupantes são muito bem tratados, com direito a mesinhas tipo as de avião e encosto de cabeça para todos. As bagagens também encontram espaço graças ao assoalho baixo que permite carregar até 403 litros, 20 litros a mais do que no Idea e 111 litros a mais que no Ecosport.
Citroën AirCross (Foto: Divulgação)
Que o segmento é promissor o mercado já tem certeza, a dúvida é de quem o Aircross vai tirar participação, já que para cumprir a meta de elevar o market share de 2,5% para 3,4%, a Citroën terá que ‘roubar’ clientes de outras marcas. Para quem não gostou dos acessórios aventureiros, a fabricante francesa já está preparando a linha de montagem de Porto Real (RJ) para receber o C3 Picasso europeu ‘normal’, em 2011. Mas ainda neste ano a fabricante inicia a importação do DS3, que mira os compactos premium, outro mercado em alta no país.Citroën apresenta o modelo elétrico C-Zero
Carro foi desenvolvido em parceria com a Mitsubishi.
Modelo tem baterias íon-lítio com autonomia para 130 km.
Modelo tem baterias íon-lítio com autonomia para 130 km.
O C-Zero é equipado com motor síncrono de imã permanente fornecendo 47 kW ou 64 cv CEE de 3.000 a 6.000 rpm. O torque máximo chega a 180 Nm, de 0 a 2.000 rpm. A alimentação do propulsor é feita por baterias do tipo íon-lítio, implantadas no centro do veículo. Composta de 88 células de 50 Ah (energia embarcada de 16 kWh), a alimentação é fornecida em 330 V.Para recarregar as baterias é preciso conectar o cordão de alimentação a uma tomada 220 V. Uma recarga total demanda 6 horas, com autonomia para 130 km.
O modelo acomoda quatro pessoas e possui porta-malas com capacidade de 166 litros. É equipado com itens de segurança e de conforto de série como direção assistida, ABS, ASR, ESP, vidros elétricos, 6 airbags, caixa telemática autônoma para chamadas on-line de serviços de emergência e climatização.
O carro chega às concessionárias no último trimestre de 2010 e é a segunda oferta da marca no segmento de veículos elétricos, ao lado do Berlingo First Electrique. Por se tratar de soluções para o meio-ambiente, no mercado francês, estes dois modelos têm direito ao bônus governamental de € 5.000.
Citroën lançará o DS3 no Brasil em 2010
20/10/09 - 15h43
Carro é o primeiro da nova grife de automóveis da marca.
Outros dois modelos chegarão ao país até 2011, diz montadora.
Carro é o primeiro da nova grife de automóveis da marca.
Outros dois modelos chegarão ao país até 2011, diz montadora.
“O DS3 passará por ajustes técnicos para entrar no mercado brasileiro e assim que tudo estiver pronto ele será lançado”, garantiu Banzet. O carrinho tem 3,95 m de comprimento, 1,71 m de largura e 1,46 m de altura, e será vendido na Europa no início de 2010 em cinco versões de motores, sendo três a gasolina e duas a diesel. Ele vai concorrer com o Mini e o Fiat 500. A família DS ampliará o mix de produtos da Citroën e não substituirá a linha “C”.
Em números, Frédéric Banzet afirma que isso significa tornar a Citroën uma das três marcas mais vendidas na Europa nos próximos três anos — atualmente ela está na sétima posição — e, no caso do Brasil, chegar ao final de 2010 com 3,5% de participação de mercado, ou seja, com mais de 100 mil unidades vendidas (atualmente, a marca tem 2,42% de market share e deverá fechar o ano com 72 mil unidades emplacadas).
Para atingir tal atuação no Brasil, a marca não reserva apenas o DS3. Para o fim de 2010 e início de 2011 Banzet garante que mais dois modelos chegarão ao país. O diretor mundial da Citroën não quis entrar em detalhes, mas sorri ao ser questionado sobre o C3 Picasso, que já chegou a 34 mil unidades vendidas na Europa até o final de julho. Já o diretor-geral da Citroën do Brasil, Ivan Segal, confirma a vinda do modelo e de outro carro com atrativos “off-road”.
Citroën DS3 (Foto: Valery Hache/AFP)
Enquanto os novos carros não chegam às vitrines das concessionárias, a montadora investe na reforma das 138 lojas da rede e no aperfeiçoamento do trabalho pós-venda. As lojas agora têm visual mais claro com o novo "double chevron" - a logomarca da empresa que ganhou visual tridimensional e linhas mais arredondadas -, espaço reservado para o pós-venda e equipe específica voltada à venda a frotistas. “O pós-venda é o nosso principal foco, atualmente. Investimos na fidelização do cliente, então treinamos as equipes, reformamos as lojas e reforçamos o atendimento nas lojas”, observou Frédéric Banzet.
Em setembro, a marca emplacou o volume recorde de 7,2 mil unidades no Brasil, crescimento de 34,1% sobre agosto deste ano. No acumulado, a Citroën registrou o licenciamento de 51 mil unidades, o que inclui automóveis e utilitários leves. O modelo mais vendido é o compacto C3, com 25 mil unidades emplacadas de janeiro a setembro deste ano.